Assista ao documentário e faça a sua reflexão

Grande Reportagem da SIC, intitulado: “A lucidez da Loucura”.

Está dividido em 3 partes

 

 

 

 

 

 

Veja esta curta entrevista no Telejornal da RTP, sobre os efeitos secundários dos psicofármacos.

Compreenda, no entanto, que se fala apenas dos efeitos secundários mais subtis que aparecem no início do tratamento. Mas, não se comenta os efeitos devastadores que surgem à posterior devido à sobrecarga medicamentosa, nem será necessário, porque as imagens exibidas em cima falam por si. 

Não se fala, por ex., da perturbação mórbida caracterizada por uma impressão de irrealidade das coisas e das pessoas presentes e pela impossibilidade de evocar a imagem das pessoas e das coisas ausentes. Esta é a triste realidade das pessoas que mergulham na despersonalização. A reportagem da SIC dá-lhe o testemunho dessa verdade.

 

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Comentário:

 

A sua opinião é de que estas pessoas são loucas, doidas, taradas, esquizofrénicas, débeis mentais?

Entendo que se responder de acordo com o modelo psiquiátrico, você dirá que sim: "todas essas pessoas sofrem de alienação mental, são perigosas e incapazes de se comportarem de maneira normal na sociedade".

Agora, pense bem: quem as colocou neste estado de despersonalização?

Repare nos rostos dessas pessoas, observe o comportamento e a incoerência intelectual. Caso não soubesse que estavam internadas num hospital psiquiátrico, você diria, muito naturalmente, que todas essas pessoas eram alcoólatras; dado o elevado grau de despersonalização. Na realidade, não existem diferenças de comportamento entre os indivíduos viciados no álcool e os dependentes da medicação psiquiátrica, submetidos aos electrochoques (também designada de terapia electroconvulsiva).

Electroconvulsiva: consiste na produção de perda de consciência seguida de convulsões pela passagem de corrente eléctrica através da caixa craniana e utilizada nos hospitais psiquiátricos (conforme se vê nas imagens produzidas pela SIC).

A despersonalização surge na sequência da ingestão continuada das substâncias químicas e agravada pelos electrochoques. Quem entra na subjugação psiquiátrica dificilmente se liberta e transforma-se num autómato. Dizem os psiquiatras: “Os doentes estão em tratamento e sob controlo…” Falta acrescentar: “in perpetuum”, ou seja, “para o resto da vida”, porque a Psiquiatria não os consegue curar.

O álcool é um antidepressor natural, e quem o bebe em excesso fá-lo para esquecer conflitos passados ou enfrentar situações problemáticas, o mesmo ocorre com a medicação psiquiátrica.

Os antidepressivos e antipsicóticos produzem amnésia retrógrada, esta é a sua função: “reprimir as memórias passadas”. É por este motivo que os doentes se queixam de deficit de atenção e fraqueza de memória. E quando a sobrecarga medicamentosa já não produz efeitos, devido ao uso repetido, só resta aos psiquiatras submeterem os doentes aos electrochoques, com o objectivo de oprimir ainda mais as memórias pregressas. Tal é a violência da “terapêutica”, ao nível da memória, que os doentes nunca se lembram que foram submetidos aos electrochoques. Mas este ciclo repete-se, os doentes passam a sujeitar-se a este método dito “terapêutico” periodicamente, tal e qual uma caldeira em ebulição, se não lhe desapertam as válvulas entra em explosão.

Existe, por vezes, a errónea tendência para classificar o doente mental como deficiente mental, mas são condições de doença distintas. O doente mental sofre de perturbação cognitiva da memória, ao passo que o portador de deficiência mental apresenta uma imperfeição congénita do cérebro, com atrofiamento da memória.

Então, sejamos coerentes face à razão, o doente mental não é louco, doido, tarado, esquizofrénico ou débil mental, tudo isto são rótulos pejorativos e inadequados. O que estimula o estado de despersonalização dos doentes é a sobrecarga medicamentosa e os electrochoques.

Na prática clínica surgem-me doentes em adiantado estado de despersonalização, nalguns casos, a tomarem mais de duas dezenas de comprimidos por dia e já submetidos aos electrochoques. Da parte dos psiquiatras, haviam recebido o veredicto de que a doença era crónica e que teriam de aprender a viver com esse terrível estigma para o resto da vida. No entanto, hoje encontram-se literalmente curados e livres da medicação psiquiátrica. Será milagre? Não. Os milagres não existem. O que eu tratei foram as causas traumáticas oriundas da infância e que afectavam a personalidade e o comportamento.

Talvez seja importante ler o testemunho de uma doente do Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda. Este depoimento verídico ajuda ao esclarecimento, como também prova que ninguém está imune às práticas da Psiquiatria, independentemente da condição social, cultural, académica e financeira. Entre aqui!